Vocês podem contribuir para o sucesso do blog, que logo já não será meu, mas nosso!
Que livro vocês recomendam? Coloquem, aqui, suas indicaçoes e comentários. Se quiserem, podem fazer uma resenha-crítica, conforme as intruções da minha webquest!
Ler para contar Uma experiência de leitura marcante para mim aconteceu na escola, no SESI 049, quando estava no ensino fundamental. Tínhamos uma professora de português, Dona Carmem Silvia Jacob, que era bastante rígida. Na nossa sala, no canto da janela, havia um armário, que ficava sempre trancado. Um dia, mais ou menos na metade da aula, ela o abriu e tirou de lá um monte de livros. Eram tantos que eu não podia acreditar. Em seguida, distribui um livro para cada aluno e nos deu uma tarefa diferente. Em vez de exercícios de gramática, a tarefa seria ler o livro, que nos fora emprestado, e na aula seguinte, contar se havíamos gostado ou não, explicando o porquê. Lembro que não gostei muito do livro que recebi, pois era muito infantil. Mas mesmo assim, adorei a tarefa, porque já gostava muito de ler. Voltei à aula seguinte com a tarefa cumprida e muita vergonha de contar para a sala inteira que eu não havia gostado do livro – justo eu que adorava ler. Dona Carmem nos incentivou, com sua braveza, a dizer a verdade. Quando eu disse o nome do livro, alguma coisa relacionada a um pintinho e uma galinha, a classe inteira riu. Pena que não me lembro do título, nem em qual série estava. A partir daquele dia, uma vez por semana nós levávamos um livro emprestado, com a tarefa de ler para contar. Porém, diferente da primeira vez, nós escolhíamos o livro. Então, para mim aquele armário era mágico e eu esperava aquele dia ansiosamente, pois não tínhamos livros em casa. A única exceção era uma enciclopédia que meu pai comprara na porta de casa. Como gostava muito de ler, lia os livros e as revistas das minhas irmãs maiores, escondido. Tinha que ser assim, porque como eram emprestados de seus colegas, elas tinham muito cuidado com eles e temiam que eu os estragasse. Foi assim, graças ao armário mágico da Dona Carmem e na cola das minhas irmãs que pude ter acesso a livros como O pequeno príncipe, O cortiço, A moreninha, Senhora, Memórias de um sargento de milícias, A ilha perdida, Os três mosqueteiros, Dom Casmurro, Ninguém é de ninguém e outros tantos antes dos 14 anos.
Essa foto é um sonho de consumo!!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho, que seu blog seja um sucesso.
Sofia
Realmente muito estimulante essa foto! Lugar ideal para uma boa leitura com tranquilidade...
ResponderExcluirMuito bom o seu trabalho, parabéns.
Simone
Vocês podem contribuir para o sucesso do blog, que logo já não será meu, mas nosso!
ExcluirQue livro vocês recomendam? Coloquem, aqui, suas indicaçoes e comentários.
Se quiserem, podem fazer uma resenha-crítica, conforme as intruções da minha webquest!
Obrigada, professoras!!!
Ione
Ler para contar
ResponderExcluirUma experiência de leitura marcante para mim aconteceu na escola, no SESI 049, quando estava no ensino fundamental. Tínhamos uma professora de português, Dona Carmem Silvia Jacob, que era bastante rígida. Na nossa sala, no canto da janela, havia um armário, que ficava sempre trancado. Um dia, mais ou menos na metade da aula, ela o abriu e tirou de lá um monte de livros. Eram tantos que eu não podia acreditar. Em seguida, distribui um livro para cada aluno e nos deu uma tarefa diferente. Em vez de exercícios de gramática, a tarefa seria ler o livro, que nos fora emprestado, e na aula seguinte, contar se havíamos gostado ou não, explicando o porquê. Lembro que não gostei muito do livro que recebi, pois era muito infantil. Mas mesmo assim, adorei a tarefa, porque já gostava muito de ler.
Voltei à aula seguinte com a tarefa cumprida e muita vergonha de contar para a sala inteira que eu não havia gostado do livro – justo eu que adorava ler. Dona Carmem nos incentivou, com sua braveza, a dizer a verdade. Quando eu disse o nome do livro, alguma coisa relacionada a um pintinho e uma galinha, a classe inteira riu. Pena que não me lembro do título, nem em qual série estava.
A partir daquele dia, uma vez por semana nós levávamos um livro emprestado, com a tarefa de ler para contar. Porém, diferente da primeira vez, nós escolhíamos o livro. Então, para mim aquele armário era mágico e eu esperava aquele dia ansiosamente, pois não tínhamos livros em casa. A única exceção era uma enciclopédia que meu pai comprara na porta de casa. Como gostava muito de ler, lia os livros e as revistas das minhas irmãs maiores, escondido. Tinha que ser assim, porque como eram emprestados de seus colegas, elas tinham muito cuidado com eles e temiam que eu os estragasse.
Foi assim, graças ao armário mágico da Dona Carmem e na cola das minhas irmãs que pude ter acesso a livros como O pequeno príncipe, O cortiço, A moreninha, Senhora, Memórias de um sargento de milícias, A ilha perdida, Os três mosqueteiros, Dom Casmurro, Ninguém é de ninguém e outros tantos antes dos 14 anos.